'É paixão, é rodeio...'
Já ouviu falar ou já foi a algum rodeio de eletricistas? Não? Então, talvez você estranhe: Não há bois ou touros furiosos pulando numa arena; no lugar do chapéu de caubói, entra o capacete; ao invés da calça agarrada e da camisa xadrez, o macacão e o uniforme anti-fogo; a única semelhança no vestuário são as botas – bem menos estilosas que a dos caubóis.
A arena é a rede de distribuição, e o 'peão' deve domar as torres de transmissão, que ficam desenergizadas durante o evento, para garantir a segurança e a diversão de todo mundo. Por falar em segurança, um dos propósitos do rodeio de eletricistas é evidenciar a necessidade da segurança no trabalho: assim, quando as companhias de energia promovem estes eventos, estão conscientizando seus profissionais de que é necessário trabalhar sempre paramentado, com o devido equipamento, para evitar acidentes fatais.
Os maiores rodeios de eletricistas reúnem trabalhadores de todo o país, e o objetivo é fazer as manutenções nos equipamentos de distribuição o mais rápido possível, em diversos níveis de dificuldades – podendo o eletricista operar de olhos vendados. Mediando a 'batalha' podem estar até 100 juízes – isso mesmo! - que são responsáveis por aplicar penalidades para manobras mal executadas.
O que é levado em conta?
No Rodeio dos Eletricistas, é levada em conta a habilidade de operar os equipamentos no menor tempo disponível: já houve casos em que o 'peão' teve de domar a rede elétrica com os olhos vendados num período bem curto de tempo.
Quem participa?
A maior competição do País é o RODEIO NACIONAL DE ELETRICISTAS, que acontece em SP. No ano passado, aconteceu em novembro e reuniu cerca de 200 eletricitários de todo o país.
Qual o prêmio?
Também depende do torneio. Os vencedores do Rodeio Nacional de Eletricistas levam o título de mais habilidosos profissionais da rede elétrica do Brasil, e o primeiro colocado pode ganhar até R$ 30 mil. Quando os eventos são promovidos pelas distribuidoras, a decisão cabe à administração da companhia.
Quem faz?
Depende. Há torneios específicos para eletricitários de uma determinada companhia, como os que são promovidos pelas distribuidoras – Eletropaulo e EDP realizam grandes rodeios de eletricistas aqui em SP.
Ficou curioso? Assista os vídeos
Rodeio Nacional de Eletricistas (Youtube)
Rodeio Nacional de Eletricistas (Videocast da Folha)
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O primeiro critério de desempate das tarefas de rotina da rede elétrica nos Rodeios Nacionais é o tempo planejado, porque o primeiro critério é não cometer penalidades, as penalidades são exposição ao risco ,ou seja, não tomar as medidas de segurança e cometer falhas técnicas. O critério de tempo também não é a rapidez e sim quem faz a tarefa mais próximo do tempo planejado pelos próprios executores da tarefa. O eletricista executam algumas tarefas de pura habilidade e que não fazem parte da rotina da atuação na rede, como por exemplo equipar-se com todos equipamentos de proteção individual(EPIs) de olhos vendados ou montar um cartucho de chave fusível, indicando para o público leigo que isso é tão importante e rotineiro no dia a dia desses profissionais que eles podem fazê-lo de olhos fechados. Os Rodeios Nacionais buscam valorizar essa profissão tão importante para o desenvolvimento e mostrar a complexidade desse trabalho. Talvez o nome Rodeio ainda cause uma certa estranheza, a mim também, na verdade é um festival de habilidade profissional como muitos que existem pelo mundo afora, acontece que o nosso Rodeio no seu inicio buscou inspiração em um evento dos EUA que por influencia cultural adotou essa nomenclatura. Lá ainda fazem o Rodeio, mas o nosso é bem diferente e muito melhor porque se preocupa com o bem estar físico e emocional dos eletricistas, esperando que me conhecendo novas práticas ele possa voltar para o campo com mais habilidade e mais segurança. O Rodeio foi e sempre será o incentivador de novas praticas que visem o apuro técnico e a maior segurança dessa atividade, incentivamos o Cinto tipo para quedista para substituir o cinto abdominal, o descascador de cabos no lugar do canivete ou faca e muitos outros avanços foram implantados ao longo desses 6 anos de trabalho. Claudio Barbosa - Comissão Julgadora/ Fundação COGE
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