sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para presidência da Eletropaulo, vento que gera energia também leva a luz embora

Na última terça-feira (22), o presidente da Eletropaulo, Britaldo Soares, disse que a principal culpa dos apagões recorrentes desde 2009 são os fortes ventos que sopram nesta época, devido a fenômenos meteorológicos. O presidente compareceu à uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa de São Paulo, cuja pauta de discussão era a qualidade da distribuição elétrica e suas falhas. Na ocasião, Britaldo Soares foi questionado sobre as quedas de energia, tão frequentes em São Paulo.


O presidente da distribuidora foi criticado não só pela oposição, mas também pelos aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Como já é ritual da Eletropaulo, a ocasião não deixou de servir para anunciar as supostas melhorias que virão por aí. Britaldo afirmou que a empresa vai desembolsar um total de R$740 milhões em planos de contenção de apagões nos próximos anos.


E o vento levou... Foto: Divulgação
 Indagado por representantes políticos de qual seria o destino destas verbas, Soares disse que a Eletropaulo já está aplicando receita para a otimização dos serviços prestados. Em entrevista concedida à imprensa, o presidente da distribuidora explicou: “Aumentamos o número de turmas e estamos aportando tecnologia na rede elétrica para enfrentarmos melhor os eventos climáticos e reduzir a duração das interrupções”.

Nota-se que Britaldo Soares é dotado de resiliência, fugindo dos argumentos contrários à sua opinião. Porém, o que foi debatido não é mera questão opinativa, e esquivar-se de uma questão primordial para gestão de uma gigante elétrica só demonstra ineficiência.

Gestão ineficiente, aliás, é marca registrada da Eletropaulo. O Deputado Estadual Antonio Mentor (PT) atacou os comentários supérfluos do presidente da distribuidora. Segundo o Deputado, é possível que a Eletropaulo seja denunciada ao Ministério Público e à Aneel, e que sejam feitas profundas investigações, inclusive com trabalhadores da concessionária. Sem fugir ao bom senso, o Deputado disse acreditar que a qualidade da prestação de serviços caiu vertiginosamente após a privatização da Eletropaulo, em 1998.

Não cabe nem à sociedade nem às instituições - incluindo o Sindicato - sustentar estes argumentos sem fundamento algum. O cidadão paga caro demais para aceitar apagões, seja na chuva, nos ventos ou nos dias de sol. E ninguém deixa de pagar a tarifa em função do mau tempo.


Ainda há poucos meses, a concessionária divulgou nota na imprensa expondo as condições nas quais são treinadas as equipes de eletricitários – equipamentos de ponta, simulação 3D e aparatos funcionais foram desenvolvidos especialmente para a Eletropaulo. Companheiro, lembremo-nos que a AES é um grupo dos EUA: E os norte-americanos já estão acostumados com tornados e tempestades torrenciais. E perto disso, Seu Britaldo, São Paulo ainda é a terra da garoa.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O Brasil quer a energia da Lusa

Duas das maiores companhias de energia do país, a Eletrobras e a Cemig, estão de olho e apostando muitas cartas no Grupo EDP, gigante portuguesa do setor elétrico. Até o término de 2011, a estatal portuguesa já prometeu a venda de 21,35% das participações para o grupo que fizer a maior oferta pela empresa lusitana.


Durante as transações econômicas, o BNDES propôs incentivos a Eletrobras, ajudando-a com verbas e ativos para concluir a compra da EDP. Esta fatia de 21,35% da Energias de Portugal deverá custar caro – a estatal brasileira deverá desembolsar cerca de 2 bilhões de euros caso queira tomar esta parte dos portugueses.



Foto: Divulgação
  Mas não para por aí: na disputa pela EDP, entram ainda dois adversários, um gigante chinês e um poderoso alemão. O que o Brasil leva de vantagem neste ponto é que a Energias de Portugal já está presente em boa parte do setor elétrico brasileiro: a EDP Bandeirante e o grupo Energias do Brasil hoje representam parte significativa da distribuição de energia no país, especialmente no interior de São Paulo.

A EDP tem ainda a concessionária Escelsa, que atua no Espírito Santo, além dos parques eólicos no sul do país e também tem uma frente que investe em energias renováveis, assim como outras grandes concessionárias de energia. A Cemig entrou no jogo tendo em vista um possível jogo de 'unificação' de ativos entre os Estados do sudeste, já que em SP e no ES o grupo EDP está presente, enquanto o território do Rio de Janeiro é dominado por Light e Ampla.

Enfim, espera-se que a entrada do Brasil no grupo português represente avanços para a economia daqui. O fato é que as gigantes estatais do País estão de olho na energia que vem lá do outro lado do oceano.

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Até segunda-feira, Sindicato monta a pauta de reivindicações na CERIS

O acordo coletivo da CERIS é o primeiro a ser negociado em 2012, e a campanha para montar a pauta de reivindicações está acontecendo a todo vapor, e vai durar até o dia 7 de novembro, segunda-feira. Não deixe de enviar sua sugestão para compor a pauta de reivindicações.

A CERIS (Cooperativa de Eletrificação da Região de Itapecerica da Serra/http://www.ceris.com.br/) é uma empresa especializada em distribuir energia para as zonas rurais e de difícil acesso, que geralmente tem carências na urbanização e no saneamento básico. Os trabalhadores da cooperativa são preparados para agir em áreas de risco e situações mais s suas reivindicações, para iniciarmos uma campanha salarial justa para toda a categoria. inóspitas, e contam com equipamentos específicos de distribuição para as áreas rurais. Portanto, pensem bem nas suas reivindicações, para inciarmos uma campanha salarial justa para toda a categoria.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Interior de SP sofre com chuvas e apagões; Prefeitura e distribuidora fazem 'empurra-empurra'

Uma das cidades mais atingidas no Estado pelos temporais no final de semana passado foi Piracicaba. O vento e as fortes chuvas foram responsáveis por quedas de árvores, alagamentos e apagões. A mesma situação também ocorreu na região de Sumaré e Campinas – área de concessão da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Segundo os moradores da região, o serviço de urgência da distribuidora foi ineficiente – tanto os chamados por SMS quando as ligações para o call center não obtiveram respostas. Alguns pedidos de normalização só foram atendidos no início desta semana.            

Quando a responsabilidade da queda das árvores transferiu-se para a Prefeitura de Piracicaba, descobriu-se que havia mais de 1.500 solicitações atrasadas para podas de árvores. No final das contas, os bombeiros tiveram de remover as plantas caídas pela cidade.

No último final de semana, boa parte do País enfrentou fortes chuvas e ventanias. A consequência dos fenômenos naturais comuns nas épocas quentes já são conhecidas pela população: quedas de árvores, alagamentos, desabamentos, apagões e outros percalços. A sociedade continua sofrendo com os impactos das chuvas, e, como sempre, as fornecedoras de energia demonstram despreparo ao prestar serviço à população nesta hora delicada. Mas vamos nos lembrar que todo o serviço de urgência está incluso na conta paga pelo consumidor. Mais uma vez, uma distribuidora de energia mostrou-se incompetente com a população quando ela mais precisava.




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