sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Energia mais (barata) do mesmo


 Energia mais (barata) do mesmo

 Por Carlos Alberto dos Reis (Carlão)



Companheiros,

Depois que a presidenta Dilma Rousseff anunciou a redução das contas de luz e a prorrogação dos contratos das concessionárias de energia, mais uma nuvem de expectativas vem pairando sobre o desenvolvimento do País. Segundo o Governo Federal, a conta para as residências deverá diminuir em 16,2%, e a redução nas indústrias vai ser de 28%. Já as concessões de energia, que venceriam entre 2015 e 2017, tiveram seus prazos prolongados.
Vamos combinar: ao prorrogar os contratos, Dilma tomou uma atitude muito positiva, evitando mais incertezas no setor elétrico. Ou seja, embora as empresas de energia apresentem sérias falhas, como a falta de investimentos na rede elétrica, o grande número de trabalhadores terceirizados, o atendimento precário aos consumidores etc. A sociedade, e principalmente os trabalhadores, sabem quais são as principais prestadoras do setor e quais são as maiores dificuldades em cada empresa.


Mas o que nos desperta uma certa preocupação é que, à primeira vista, lo Governo deverá diminuir o custo da energia elétrica para todos os brasileiros – tanto nas residências, quanto nas indústrias. Entretanto, não é de hoje que sabemos que promessas como essa tendem a prejudicar a todos os membros que formam o corpo do setor elétrico: e o trabalhador sempre é a primeira parte a ser atingida.


Os salários do trabalhador do setor elétrico acompanham a redução da conta de luz: é uma relação proporcional. E as desculpas já são velhas conhecidas: as ações da bolsa vão despencar, os investimentos em energia continuarão precários e o capital humano será desvalorizado – ou seja, as adversidades são sempre as mesmas, sempre persistem.


O trabalhador é o principal insumo da indústria, e não a energia elétrica. Por isso, não podemos desvalorizá-lo. Qual indústria vai se fortalecer com os seus trabalhadores enfraquecidos? Corporação séria se fortalece com energia humana, País sério se desenvolve com a energia de seus trabalhadores – é isso que a gente deveria ter aprendido há muito tempo, é daí que surge o avanço.

O trabalhador eletricitário é a peça fundamental para o bom funcionamento da máquina do setor elétrico, e, por isso, não pode arcar com consequências oriundas de decisões não acertivas. Companheiros, estamos diante de um Governo que demonstra sinais contraditórios.

Um Governo petista que, às vezes, parece jogar no time da indústria, retomando os velhos costumes dos tucanos. Um Governo que faz barganhas com as fábricas, em vez de entender as reais necessidades dos trabalhadores e da população.

*Carlos Alberto dos Reis (Carlão) é presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo

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